Por Paulo Sérgio Buhrer
Você conhece alguém que, quando você conta seus sonhos, essa
pessoa trata logo de dizer: “pare com isso, nascemos para ser pobres e vamos
morrer mais pobres ainda. Pare de sonhar tão alto, coloque os pés no chão”. Na
realidade, o que elas estão dizendo é: “fique aqui seu desgraçado, não me deixe
sozinho”.
Fuja desse tipo de gente. Elas são vampiros. Não sugam
sangue, mas, querem sugar nossa vontade, motivação, energia, desejos.
Frustraram-se na vida por que tiveram medo de sonhar e agora agem igual aos
morcegos, os urubus, querendo comer os restos mortais dos nossos sonhos.
Não é que elas sejam pessimistas, afinal, o pessimista faz
mais mal a ele mesmo. Às vezes até é bom conversarmos com uma ou duas pessoas
pessimistas para revermos nossos projetos, pois elas não querem prejudicar
ninguém, e, sim, só têm medo de se arriscar, por isso, quando você conta sobre
seus projetos, elas falam: “nossa, eu nunca teria coragem de fazer uma coisa
dessas. Tome muito cuidado”. Esse é um bom conselho. Já, os sugadores de sonhos
são como cupins prontos a destruir o móvel novo que você comprou. É delas que
temos que ficar longe, seja quem for.
Conheço um empresário, meu cliente e amigo, pelo qual tenho profunda admiração,
chamado A.L, que é um guerreiro da vida e um grande realizador de sonhos. A.L.,
na década de 90, foi demitido do emprego. Tinha contas para pagar, compromissos
financeiros a cumprir, e, claro, muitos sonhos para realizar. Inicialmente,
como todo ser humano, teve medo do futuro. Mas A.L. sempre manteve uma mente
campeã. O medo era um visitante passageiro que logo ele dispensava. Depois da
demissão e de algumas doses de pensamentos pessimistas e negativos, decidiu que
abriria sua própria empresa, e que venderia peças para máquinas agrícolas, ramo
que conhecia bem.
A.L. investiu o pouco que tinha no negócio. E realmente era bem pouco, a ponto
de ele não ter mais que meia dúzia de peças a pronta entrega, o que dificultava
bastante seus negócios, afinal, os clientes não têm o hábito de esperar. Perdia
muitas vendas, e, claro, várias vezes teve como companheiros pensamentos que
indicavam que deveria desistir. Porém, ele não desistiu, e, mesmo não tendo
certeza se ganharia sequer o suficiente para o pão de cada dia, seguiu em
frente.
Contrariando tudo e a todos, A.L. continuou com a loja, e, com extrema
honestidade e simplicidade conseguia convencer os clientes, quando não tinha as
peças certas, a aguardarem alguns dias, e, algumas vezes, semanas para que a
peça chegasse. Na verdade, segundo ele, muitos clientes tinham pena de ver suas
prateleiras empoeiradas e vazias e encomendavam as peças, mesmo tendo que
aguardar.
Aos poucos as prateleiras vazias foram se enchendo, os
clientes aumentando, sobretudo, porque um indicava para o outro, devido ao
enorme carinho que sua loja demonstrava pelos clientes, com uma verdadeira
preocupação em ajudá-los.
A.L. superou todo tipo de dificuldade, contando com a ajuda
de poucas pessoas próximas, e de alguns clientes que ele agradece todos os dias
pela confiança e paciência que tiveram. Às pessoas que diziam que deveria
desistir, que tudo daria errado, ele as respondia com o suor do seu rosto e uma
determinação inacreditável em fazer aquilo dar certo.
Para quem não tinha certeza se no fim do dia teria dinheiro
para um pedaço de pão, A.L. tem, hoje, uma linda loja, que revende não apenas
peças, mas as próprias máquinas agrícolas, com faturamento de alguns milhões de
reais por ano.
Por onde A.L. passa vai levando vida, energia, exemplos. Sua
companhia é agradável e cativante. E o melhor: sua simplicidade é a sua marca,
seu amor ao próximo o combustível do seu sucesso. Se você perguntar a A.L. qual
o segredo do sucesso, ouvirá dele: “dê o seu melhor naquilo que estiver
fazendo, honre sua palavra. Só assim, e com muita humildade e amor pelas pessoas,
sejam elas clientes ou colaboradores, que a gente é capaz de dizer sim quando o
mundo e as pessoas te dizem não”.
Quem não sonha em crescer na carreira, em melhorar de vida,
em quem sabe abrir um negócio próprio, vive um pesadelo a cada dificuldade. Não
consegue encontrar forças para encarar e superar o medo das adversidades, e,
mesmo diante de condições reais de se dar bem, tudo o que ela vê são problemas.
Tem medo de se frustrar, contudo, não percebe que assassinar os sonhos já é
viver aprisionado nas grades da frustração.
Então, coloque algo em sua mente: os sonhos não morrem por
falta de dinheiro; eles morrem por falta de honra e coragem.
Grande abraço, fique com Deus, sucesso e felicidades sempre!
Fonte: www.vendamais.com.br
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